Ao escolher um dispositivo eletrônico, dotado de uma tela de visualização, quais os critérios que devemos ponderar na hora da compra? Além da tecnologia usada e da resolução da tela não podemos menosprezar o tamanho. Assim como nos monitores, o tamanho é medido a partir da diagonal da tela e não da área. Com isso, as diferenças parecem ser menores do que realmente são. Ao comparar as especificações de dois aparelhos um com uma tela de 2 e outro com tela de 2.8″, muitas pessoas vão achar que a diferença é pequena, afinal, é menos de uma polegada. Entretanto, ao calcular a área, evidencia-se que a tela de 2.8″ é cerca de duas vezes maior que a de 2″. Mesmo que a resolução das duas seja a mesma, a variação no tamanho acaba fazendo diferença na hora de navegar ou visualizar textos. A menos que você tenha uma visão muito boa, a tela menor acaba lhe obrigando a usar fontes maiores, o que faz com que o volume de texto exibido seja menor, como se você estivesse usando uma tela de resolução mais baixa.

No caso das telas touchscreen, existe mais um fator que deve ser considerado, que é a tecnologia usada na película sensível ao toque. Existem atualmente duas tecnologias:

  • RESISTIVA – As telas com esta tecnologia utilizam um conjunto de duas películas condutivas, separadas por um pequeno espaço. Ao tocar a tela com qualquer objeto (uma stylus, ou mesmo as unhas), a pressão faz com que seja fechado o contato entre as duas películas, registrando o toque. Esta tecnologia é a mais comum, mas possue duas desvantagens. A primeira é que por serem compostas por várias camadas, elas obstruem mais a passagem da luz (a maioria das películas são de 75% a 85% transparentes), tornando a tela levemente opaca, além de reduzirem o ângulo de visão. O segundo problema é que elas são pouco sensíveis a toques diretos com os dedos, fazendo com que você tenha que usar a stylus ou as unhas.
  • CAPACITIVAS Nestas a película é composta por um material condutor com potencial elétrico. Sempre que você toca a tela com os dedos, uma pequena corrente é transmitida, fazendo com que sensores instalados nas bordas sejam capazes de detectar a posição do toque. Por serem compostas de apenas uma camada, as telas capacitivas obstruem um percentual muito menor da luz, resultando melhor contraste e cores mais vibrantes. Em compensação, elas podem ser usadas apenas com os dedos, não respondendo ao toque de outros objetos. Isso dificulta o uso de interfaces com botões ou detalhes pequenos, já que não é possível usar uma stylus nem as unhas. O Iphone utiliza uma tela capacitiva e desenvolveu a tecnologia multi-touch e das funções baseadas em gestos. A maioria dos outros fabricantes tem preferido o uso de telas resistivas (devido ao menor custo), investindo no desenvolvimento de películas mais sensíveis, que possam ser usadas diretamente com os dedos (como no caso do Nokia 5800 XpressMusic).

Além da tecnologia de sensibilidade da tela, existem outras especificações que fazem muita diferença na hora da escolha. Provavelmente já ouvimos falar em TFT, LCD, Plasma, OLED, ou ainda combinações de ambos, como TFT LCD. Tentarei fazer um resumo simples explicando as vantagens e desvantagens de cada uma.

  • TFT – não é uma tecnologia de visualização em si, trata-se apenas de um tipo especial de transistores que consegue melhorar a qualidade da imagem. Ele é utilizado em conjunto com monitores LCD (Liquid Crystal Display).
  • LCD – utiliza moléculas de cristal líquido posicionadas entre diferentes camadas. Para que o monitor fique colorido, cada um dos minúsculos pixels da tela são divididos em três partes, uma para cada cor RGB (Red, Green e Blue), sendo assim cada um dos pixels exibem uma distinta variação de cores, que são as combinações individuais entre 0% a 100%. Suas principais vantagens são seu reduzido tamanho e o menor consumo de energia. Nesta tecnologia, temos uma substância cujas moléculas podem ser orientadas pelo campo elétrico gerado fazendo com que a substância passe de transparente para opaca e vice-versa. Veja, entretanto, que o display de cristal líquido não gera luz, operando pela transparência e opacidade de um material. Assim, para aplicações em que devemos ter uma imagem brilhante, com luminosidade própria, deve ser incluída uma fonte de luz, para isto agrega-se uma backlight.
  • PLASMA – utiliza fósforos excitados com gases nobres para mostrar pixels e cor. Esta tecnologia foi inventada em 1964, é o mais atrasado tecnologicamente. No entanto, oferece maior ângulo de visão, melhor contraste e mais realismos nas cores mostradas, do que uma tela LCD.
  • OLED – trata-se de uma variação do LED (Light Emitting Diode) inorgânico, mas onde a camada de emissões é um componente orgânico. As telas OLED (Organic Light-Emitting Diode) têm a vantagem de não necessitarem de iluminação traseira, poupando assim mais energia. No entanto, o seu tempo de vida não é tão boa como as das outras tecnologias. Surgiu recentemente a divulgação de uma nova tecnologia – COLED (Cavity Organic Light-Emitting Diode), utilizam cavidades ópticas, espelhos paralelos e contrapostos que evitam a fuga de fótons para outros pontos que não a direção de saída do dispositivo, resultando numa emissão de luz cinco vezes maior do que os melhores OLEDs demonstrados até agora.
  • AMOLED – ultrafinos e até mesmo com telas dobráveis, com alta qualidade de imagem, o AMOLED (Active Matrix Organic Light Emitting Diode) é a tecnologia que deverá estar presente na próxima geração de monitores e televisores de alta definição, que já pode ser encontrada em gadgets como o celular Nokia N85 ou Omnia HD. Atualmente, computadores top de linha, como os novos Macbook e Macbook Pro, contam com displays retroilumanados por LEDs, o que proporciona maior nitidez e economia de espaço. A tecnologia AMOLED promete reunir as maiores vantagens dos outros tipos de tecnologia.

Apesar de serem relativamente baratas e de gastarem pouca energia, as telas LCD ainda têm pequenos problemas – cada vez menores, é verdade – quanto ao contraste de suas cores, ângulo de visão e a alguns borrões que podem aparecer em imagens muito rápidas, como em esportes, por exemplo. Telas CRT (Antigo “tubo de imagem” – tubo de raios catódicos) ou de plasma, pouco utilizadas em aparelhos acima de 60 polegadas, tem melhor contraste de cores e maior taxa de atualização, mas sofrem por respectivamente ocuparem muito espaço ou terem alto consumo de energia. As telas AMOLED, por sua vez, oferecem cores vibrantes em telas ultrafinas por um custo inferior aos das tecnologias atuais e possui tempo de resposta três vezes menor que uma tela OLED, porque seus pixels são instalados em finas telas de vidro ou plástico, e as imagens são ativadas a partir de impulsos elétricos. O resultado são imagens brilhantes, com alto contraste de imagem, cores e sem borrões.

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By admin

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24 thoughts on “Tela resistiva ou capacitiva? Qual a melhor?”
  1. Muito bom, parabéns pelo texto, claro e informativo. A evolução tecnológica anda em alta velocidades, e quem não buscar o conhecimento vai se tornar um mero apertador de botões. Geraldo Calvário Sena

  2. A MINHA DÚVIDA É A SEGUINTE
    EU POSSO DIZER QUE EXISTE ENTÃO UMA TELA CAPACITIVA QUE PODE SER TANTO TFT, OU AMOLED
    OU SEJA, A MINHA TELA PODER SER UMA AMOLED CAPACITIVA OU UMA AMOLED RESISTIVA
    OBRIGADO

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