“A edição desta quinta-feira (12) da revista The Economist traz artigo de capa sob o título “O Brasil decola”. Em editorial, a publicação fez elogios ao desenvolvimento recente do País, mas afirma que o maior risco para o grande sucesso da América Latina é a prepotência.

O artigo começa com a história da formação do acrônimo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China, que em inglês também pode significar tijolo) pelo Goldman Sachs. No começo, muitos foram críticos à presença da letra B. Agora, “o ceticismo parece fora de lugar”, descreve a publicação.

Segundo as previsões, em algum lugar na década após o ano de 2014 – muito antes do que o Goldman foi capaz de prever, acrescenta a revista – o Brasil deve passar a ocupar o lugar de quinta maior economia mundial, ultrapassando Inglaterra e França.

O Brasil já fez sua entrada no palco mundial, conclui, mencionando como símbolo a campanha vitoriosa do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2016, apenas dois anos após a realização da Copa do Mundo de futebol no País.

China

A Economist também aproveitou pra fazer críticas sutis à China. Em determinado momento, a publicação cita que, em muitos aspectos, o Brasil ultrapassou os outros BRICs. “Ao contrário da China, o País é uma democracia”, declara. Em sua conclusão, diz que a “decolagem é ainda mais admirável porque foi alcançada através de reformas e decisões democráticas. Se ao menos a China pudesse dizer o mesmo.”

Virtude e Defeitos

Em resumo, o crescimento brasileiro foi considerado não repentino, mas contínuo. A matéria cita que os primeiros passos foram dados quando um novo plano econômico foi capaz de domar a inflação, o Banco Central ganhou autonomia, houve a privatização de indústrias e a economia se abriu à entrada de capital externo.

A revista cita Vale, Petrobras, Gerdau e JBS como exemplos de multinacionais que foram capazes de florescer neste ambiente. Mas, “assim como seria um erro subestimar o Brasil, também seria errado ignorar suas fraquezas”. E aí a revista cita o aumento da folha de pagamento do governo em 13% desde setembro de 2008, os problemas com educação e infraestrutura (que já inclui o apagão da última terça-feira) e a violência.

“O importante é que o país não seja tão orgulhoso a ponto de achar que não é necessário resolver suas pendências, diz a revista. O desafio para o sucessor de Lula é encarar os problemas que ele sentiu ser capaz de ignorar. Um deles é a excessiva burocracia no País. “O resultado da eleição pode determinar a velocidade com que o Brasil vai avançar na era pós-Lula. De qualquer maneira, o país parece estar no rumo certo”. Infomoney.”

Fonte: ebooksgratis

The Economist – Brazil Takes Off (O Brasil Decola)

Situação do Brasil antes e depois.

Itens
Nos tempos de FHC Nos tempos de LULA
Risco Brasil 2.700 pontos 200 pontos
Salário Mínimo 78 dólares 210 dólares
Dólar R$ 3,00 R$ 1,78
Dívida FMI Não mexeu Pagou
Indústria naval Não mexeu Reconstruiu
Universidades Federais Novas Nenhuma 10
Extensões Universitárias Nenhuma 45
Escolas Técnicas Nenhuma 214
Valores e Reservas do Tesouro Nacional 185 Bilhões de Dólares Negativos 160 Bilhões de Dólares Positivos
Créditos para o povo/PIB 14% 34%
Estradas de Ferro Nenhuma 3 em andamento
Estradas Rodoviárias 90% danificadas 70% recuperadas
IndustriaAutomobilística Em baixa, 20% Em alta, 30%
Crises internacionais 4, arrasando o país Nenhuma, pelas reservas acumuladas
Cambio Fixo, estourando o Tesouro Nacional Flutuante: com ligeiras intervenções do Banco Central
Taxas de Juros SELIC 27% 11%
Mobilidade Social 2 milhões de pessoas saíram da linha de pobreza 23 milhões de pessoas saíram da linha de pobreza
Empregos 780 mil 11 milhões
Investimentos em infraestrutura Nenhum 504 Bilhões de reais previstos até 2010
Mercado internacional Brasil sem crédito Brasil reconhecido como investmentgrade

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By admin

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2 thoughts on “The Economist – Brazil Takes Off”
  1. Estas informações da tabela comparativa estão erradas. Basta verificar, por exemplo, que o governo anterior ao Lula que instituiu o câmbio flutuante. Além de outras conquistas do mesmo governo que foram deixadas de lado e são muito importantes para a construção do Brasil de hoje, por exemplo, a estabilidade da moeda e a Lei de Responsabilidade Fiscal.
    Os 2 governos foram importantes para a recuperação do Brasil. Eu apenas considero as mudanças acima descritas, incluindo a maior independência do Bacen, como feitos superiores aos de Lula. Resumindo: Lei de Responsabilidade Fiscal, estabilidade da moeda, câmbio flutuante e Bacen independente (ainda que informal).

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