- dessny
- 23 de abril de 2010
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“• Quais as vantagens e as desvantagens de se começar um negócio em família?
Vantagens:
– Trabalhar diretamente com quem se conhece o caráter desde o inicio;
– O sistema de decisões tende a ser muito rápido;
– Comunicação mais facilitada e direta;
– Metas e objetivos mais facilmente compartilhados;
– Sobrevivência do negócio é responsabilidade de todos;
Desvantagens:
– Conflitos de interesses entre família e empresa;
– Planejamento financeiro feito priorizando a família e depois a empresa;
– Objetivo de enriquecimento familiar é anterior ao plano de crescimento da empresa;
– Consangüinidade é fator impeditivo de profissionalização e melhoria de competências;
– Liderança não pode ser contestada em função de respeito familiar.
• Quais os principais problemas / dificuldades que esses empresários enfrentarão no início da empresa (levando em consideração o fato de serem parentes)?
– Falta de determinação clara de metas, responsabilidades e objetivos;
– Rivalidades pessoais podem virar conflitos de relacionamento pessoal entre departamentos;
– Falta de disciplina administrativa;
– Excesso de comunicações informais;
• Como superar essas dificuldades?
– Ter ciência e consciência que família e empresa são entes com personalidades próprias;
– Os sócios e familiares comprometidos com a continuidade da empresa;
– Interesses pessoais ficam em segundo plano se comparados á empresa;
– Diferenças pessoais devem ser respeitadas e até mesmo valorizadas;
– Zelar pela harmonia das relações interpessoais;
– Os sócios e seus familiares comprometidos com a excelência da empresa;
– Descobrir e reforçar os valores da família em cada um dos seus futuros herdeiros;
– Haver pleno comprometimento com a profissionalização;
– Os sócios devem agir com evidenciação e transparência de seus atos;
• É possível dar algumas dicas sobre como separar o pessoal do profissional?
– Elaborar, aprovar e acompanhar um plano estratégico para cada área de responsabilidade dos sócios, discutindo e validado periodicamente os resultados;
– Criar um código de conduta e responsabilidades válido para todos os sócios, a fim de eliminar o protecionismo familiar;
– Usar de transparência e profissionalismo as ações que não atingiram resultados adequados;
– Família, família, negócios á parte!
• Com a empresa já encaminhada, como definir contratação de parentes? E a entrada da segunda geração no comando?
A contratação de parentes é uma questão a ser tratada e definida em Contrato Social ou em um “pacto societário” validado por todos os sócio, regendo a forma, condição e quantificações a que se faz juz.
Se a primeira geração fez capital do trabalho pela exploração de oportunidades de negócio, geralmente a segunda geração chega ao poder com a missão de controlar e expandir esse capital.
Desta forma, o contrato social deve reger quando e como vai iniciar-se o “processo” preparatório bem como sua transmissão e muito provavelmente a nova constituição do poder deliberatório na estrutura de negócio.
• As micro e pequenas empresas familiares, de maneira geral, têm procurado se profissionalizar?
Apesar de notar-se uma acentuada busca por conhecimentos em gestão por parte do empresário, nota-se que a questão profissionalização pouco evolui, mesmo porque a pequena empresa nem sempre entende profissionalização como investimento e sim como custos e despesas.
• Quais os pontos fundamentais para conseguir essa profissionalização?
– Definir o objetivo e o tempo de espera oferecido ao profissional;
– Conceituar e validar a abrangência do cargo antes de procurar o homem;
– Especificar o tipo de pessoa adequada (perfil e comportamento);
– Definir o apoio e as condições de trabalho que lhe serão oferecidas
(…)”
Fonte: Bom de Negócio