Geoprocessamento, SIG e Gestão Urbana

Novas tecnologias são criadas a cada dia com objetivos diversos. Em nosso País, as Geotecnologias (tecnologias que compõem o Geoprocessamento), vêm sendo mais implementadas e utilizadas como ferramentas para auxiliar a tomada de decisão nas atividades de gestão urbana. E estas informações podem ser geradas através de Sistemas de Informações Geográficas – SIG ou GIS (Geographic Information System), a partir da combinação de dados gráficos e alfanuméricos. Estas informações podem, e devem, estar disponíveis a estudantes, pesquisadores ou prestadores de serviços (arquitetos e urbanistas) que necessitam do conhecimento pleno do território onde atuam ou pretendem atuar.

No início da faculdade (curso de Arquitetura e Urbanismo), nem eu ou meus colegas de classe, tínhamos idéia do que significava Geoprocessamento. Até que no início da matéria “instalações prediais”, conhecemos um professor estrangeiro, que trabalhava também na Secretaria Municipal de Planejamento da Cidade, e estava precisando de dois estagiários para auxiliá-lo na implantação do SIG em Aracajú. O nome dele é Juan Carlos Gortaire Cordovez, Engenheiro Civil, natural do Equador e fazia parte do corpo docente da Universidade Tiradentes, Aracaju-SE. Além de professor, veio a se tornar chefe, amigo e consultor para assuntos CAD. Grande admiração pelo seu profissionalismo, seriedade (sisudo), imensurável inteligência, ética e honestidade. Durante o estágio, eu e meu amigo Carlos Jatobá, tivemos a oportunidade de mergulhar em um mundo de dados e informações que não fazíamos ideia (apesar de Jatobá passar o dia lendo e-mails e baixando músicas .mp3). Logo depois da saída do Carlos veio a Lucíola, que tinha uma voz bem aguda e quando chamava por Juan, era muito engraçado. Para ter noção, até ele ria. Aprendizado muito gratificante e importante durante o início da minha vida profissional.

Apesar de muito sério, Juan (ou “Gringo”, como eu costumava chamá-lo) permitia (às vezes) algumas das minhas brincadeiras. Como exemplo, lembro que ele fica furioso porque como grande parte das pessoas não conhecem muito bem os países que compõem a América do Sul e sempre acabam confundindo o Equador (sua terra natal) com Bolívia ou Colômbia, era comum alguém chamá-lo de boliviano ou colombiano. Pois bem, um dia durante o estágio, após uma manhã inteira os funcionários da prefeitura cumprimentando-o como boliviano (e ele sempre corrigindo com muita paciência) descobriu um papel colado em suas costas escrito: “BOLIVIANO”. Acho que ele nem precisou fazer uma análise grafológica para descobrir que foi eu o autor da peripécia.

Em sua homenagem, posto umas imagens bem legais de uma campanha de divulgação do turismo no Equador. Cada cidade com uma imagem representada pelas suas características.

Obrigado “Gringo”.