Nick Woodman, o surfista que ficou bilionário com a GoPro – exame.com

São Paulo – A expressão pode parecer piegas, mas não tem como não dizer que Nick Woodman juntou o “útil ao agradável” para fazer fortuna. O empresário de 36 anos é o inventor da GoPro, câmera que virou febre entre esportistas e aventureiros. Por isso, ele está prestes a estrear na lista de bilionários da Forbes, com patrimônio avaliado em bem mais de 1 bilhão de dólares.

Praticante assíduo de esportes radicais, como o surfe, Woodman sempre desejou fazer boas imagens de suas aventuras, mas nunca conseguiu, porque os fotógrafos normalmente não estão preparados para chegar onde os surfistas estão.

Em 2002, depois de uma temporada na Austrália e Indonésia e nenhuma boa foto para contar história, Woodman decidiu por conta própria investir em câmeras que pudessem ser usadas pelos surfistas, acopladas no corpo ou prancha, para a captura de imagens únicas.

Para financiar a ideia, o empresário comprou 600 cintos feitos de concha do mar a 1,90 dólar em Bali, e os revendeu na Califórnia por 60 dólares cada um. Com o valor arrecadado, mais um empréstimo de 35.000 dólares conseguido com a mãe, ele começou a investir em seu novo e promissor negócio.

início

Durante dois anos, Woodman vendeu os equipamentos a amigos adeptos da prática de esportes radicais. A primeira grande encomenda, no entanto, aconteceu só em 2004, quando a GoPro fechou a venda de 100 equipamentos para uma feira de esportes de ação no Japão.

De lá pra cá, a empresa de Woodman só vem crescendo e ganhando espaço, quando o assunto é captura de imagens em ação. Segundo dados do setor, a GoPro detém mais de 30% de participação de mercado no segmento de filmadoras de bolso. Só no ano passado, esse mercado movimentou 4,5 milhões de unidades no mundo.

Grande negócio

Em dezembro de 2012, Woodman vendeu 8,88% de participação da GoPro para a Foxconn, fabricante chinesa de produtos eletrônicos, que monta aparelhos como o iPhone e o iPad para a Apple. O negócio foi fechado por 200 milhões de dólares, o que significa o valor total da GoPro foi calculado em 2,3 bilhões de dólares.

Woodman não revela a participação que detém na GoPro, mas sabe-se que, pelo menos, 51% das ações estão nas suas mãos. Segundo cálculos da Forbes, somente com essa participação, ele já teria fortuna de, no mínimo, 1,15 bilhão de dólares. Montante suficiente para que o surfista esteja entre os homens mais ricos do mundo.

“Estou comprando adoidado” – Luiz Barsi

Publicada na Revista Exame de 06/02/2013, o muiltimilionário investidor Luiz Barsi diz que está comprando e o que está comprando… Você escolhe os conselhos de quem irá ouvir na hora de investir: Do bilionário que ganhou investindo e vive disso ou dos analistas de corretoras e fundos que não são ricos e vivem de curto prazo. Segue a entrevista:

Luiz Barsi, um dos maiores investidores da Bovespa – e que fez fortuna aplicando em ações que pagam dividendos – diz que as empresas de energia elétrica estão entre as suas preferidas hoje
Por ANA LUIZA LEAL

PAULISTANO LUIZ BARSI TINHA CERCA DE 130 MILHÕES DE REAIS APUCADOS EM AÇÕES DE EMPRESAS de energia elétrica em agosto de 2012, pouco antes de o governo anunciar a controversa mudança de regras para a renovação de concessões desse setor. Essas companhias chegaram a perder quase 40 bilhões de reais em valor de mercado – e Barsi perdeu metade desses 130 milhões no último semestre. Em vez de se desesperar com o tombo, ele voltou a comprar. As ações preferidas são as de Eletrobras, que caiu 58% em 2012, Transmissão Paulista, que desvalorizou 40%, e Eletropaulo, que teve baixa de 47% (além de tudo, a empresa foi obrigada pelo governo federal a reduzir suas tarifas mais do que esperava).

Para Barsi – que construiu um patrimônio de 1 bilhão de reais na bolsa comprando ações ao longo de 40 anos -, ainda que os resultados dessas companhias piorem com as novas regras de concessão, elas continuarão lucrativas. E pagando dividendos elevados. “É assim que se ganha dinheiro no mercado”, diz. O investidor é um dos únicos que pensam desse jeito. Dos 19 analistas que acompanham a Eletropaulo, por exemplo, nenhum recomenda aplícar na companhia A maioria dos gestores de fundos de ações está vendendo esses papéis (leia mais na pág. 54). Como Barsi tem um pouquinho mais de dinheiro que esses analistas todos, é sempre bom ouvi-lo.

Os gestores têm vendido ações de empresas de energia elétrica. Os analistas estão pessimistas. Por que o senhor continua investindo nesse setor?
Realmente, o cenário piorou muito, e o maior problema é que ainda não dá para calcular o impacto que essa mudança de regras terá no caixa das companhias. Mas nenhum pais vive sem energia elétrica e, depois da queda dos últimos meses, as ações ficaram com um preço muito interessante. A Eletropaulo, por exemplo, cujos dividendos são maravilhosos, superiores a 20% do preço do papel por ano, está muito barata. Do jeito que está hoje, já é para comprar de olhos fechados. Mas ainda existe a possibilidade de o governo afrouxar as regras, com o pagamento de indenizações maiores. Aí fica excelente.

Mesmo se o governo ceder, não é provável que o lucro dessas empresas caia, o que reduziria os dividendos pagos aos acionistas?
Devem diminuir mesmo, mas não de forma significativa. Não acredito que vá cair 40%, como aconteceu com algumas ações. Isso prejudica a distribuição total de dividendos, mas em valores absolutos. É preciso pensar nos dividendos como um percentual do valor investido na ação. Por exemplo: se eu aplico 10 000 reais nos papéis da Eletrobras, espero receber pelo menos 10% em dividendos. Como o preço da ação despencou, esse percentual deve se manter, apesar da esperada redução do lucro. O retomo com dividendos de Eletropaulo, Eletrobras e Transmissão Paulista neste ano seguramente será maior que o da renda fixa. Acredito que ficará entre 10% e 15%. Por isso, estou comprando adoidado.

Quanto o senhor já comprou?
Minha carteira de papéis de empresas de energia elétrica caiu 50% no ano passado, mas estou voltando aos 130 milhões de reais que tinha antes da desvalorização desse setor. Só no dia 14 de dezembro, comprei 3 milhões de reais em ações da Eletropaulo porque achei que o preço estava muito bom. Paguei 12 reais por ação; hoje, está em torno de 15 reais. Em todo caso, não é esse tipo de ganho que procuro. Meu objetivo não é tentar comprar na baixa e vender na alta para ganhar a diferença. Eu acumulo ações. Só vendo quando sou obrigado – quando uma empresa sai do mercado, por exemplo. Minha remuneração é o dividendo, é isso que analiso.

Ações de empresas como Ambev, Cielo e Natura, que estão entre as preferidas dos gestores de fundos de dividendos neste ano, fazem parte de sua carteira?
De jeito nenhum. Respeito demais o risco ao investir – e risco, para mim, é comprar uma empresa com um valor de mercado muito superior ao patrimonial. É o caso das companhias que você citou: o valor chega a ser três vezes maior. Elas estão caras e o retorno anual via dividendos é muito baixo, de 4% a 5%.

Mas o senhor investe em ações de empresas que pagam dividendos de 3% a 5%, como a Ultrapar. Quando percentuais baixos valem a pena?
Quando as empresas estão baratas e há novos projetos, que indiquem que os resultados vão melhorar, o que pode aumentar a distribuição de dividendos. É o caso da Ultrapar. Também estou otimista com as companhias de papel e celulose, que respondem por 20% de minha carteira de ações. Gosto porque são bem administradas e rentáveis. A Klabin foi bem nos últimos três anos, e agora vamos ouvir falar cada vez mais da Suzana, que está investindo em novas fábricas no Maranhão e no Piauí, o senhor é o maior acionista individual da fabricante de materiais de construção Eternit.

É hora de comprar ou vender?
O retorno via dividendos é bom, de cerca de 10%, mas a Eternit está com uma espada na cabeça chamada amianto – um terço do faturamento vem de produtos fabricados com esse material, que já foi proibido em diversos países. O Supremo Tribunal Federal está analisando o caso aqui. Se decidir proibir o uso da substância, a ação vai desvalorizar muito, então não recomendo.

Aposentar-se custa caro – por GUSTAVO CERBASI

Com a aposentadoria, o custo de vida aumenta pelos gastos com saúde, lazer e obrigações sociais
NÃO RARO, encontro opiniões de especialistas que sugerem que, ao planejarmos nossa aposentadoria, devemos projetar uma renda de cerca de 70% do que ganhamos por volta dos 45 anos.
O argumento é que o encerramento da carreira coincide com a saída dos filhos de casa, ou que, ao deixarmos de trabalhar, não teremos mais de arcar com despesas de networking – happy hours, por exemplo- e vestuário de primeira.
Tenho fortes ressalvas em relação a esse tipo de recomendação. Acredito que nosso custo de vida não deveria diminuir na aposentadoria, e sim aumentar.

Explico com três argumentos.

O bom senso e as estatísticas mostram que os gastos com saúde aumentam com o passar dos anos.
Por mais saudáveis que sejamos, o avançar da idade nos induz a gastar mais com terapias tanto preventivas como corretivas. Isso todos nós sabemos.

O que muitos esquecem é que a aposentadoria nos premia com uma grande disponibilidade de agenda. Tempo livre nos convida ao lazer, que não custa pouco.
Independentemente de onde você viva ou se imagine vivendo na aposentadoria, certamente terá muito mais a fazer em seu tempo livre se tiver recursos disponíveis.
Não importa se sua predileção é pela cultura, pelas viagens, pela prática de esportes ou pela filantropia: dinheiro nos permite usar o tempo com mais criatividade e produtividade. Em outras palavras, nos mantém jovens por mais tempo.

Além dos gastos com saúde e lazer, meu terceiro argumento para o aumento dos custos se relaciona às obrigações sociais.
Costumamos não perceber que, com o avançar nos anos, simplesmente aumenta o número de… parentes!
Quanto mais passa o tempo, mais aumenta nossa lista de filhos, de netos, de enteados, de afilhados e afins, que nos convidam para toda sorte de celebrações: aniversários, formaturas, casamentos e chás de cozinha e de bebê, entre outros.
Se você quiser cumprir com dignidade a necessidade de presentear e de se vestir bem nos diversos eventos, terá de contar com um bom orçamento.

Quando ignoramos esses fatos da vida no começo do planejamento financeiro, ainda na juventude, tendemos a nos conformar com o envelhecimento e a consequente redução das opções que teremos, como se fosse um fato da natureza.
A quem não tem opções não resta outra coisa a não ser envelhecer, entregar-se à restrição de atividades sociais e de lazer e ver o tempo passar. A falta definitiva de dinheiro nos faz enterrar de vez a juventude.

Se não pudermos viver como antes, se não conseguirmos viajar com amigos, praticar um esporte ou fazer um curso que nos encante, o que nos resta? A cadeira de balanço? O pijama? A televisão no domingo à tarde?
Perceba que o envelhecimento está associado à rotina que a falta de dinheiro nos impõe. Existem jovens de 40 anos que aparentam ter muito mais, em razão do estresse imposto pelo trabalho excessivo e diversas frustrações, assim como há jovens de 80 anos que aparentam ter muito menos, pois sabem viver a vida. Normalmente, os que sabem viver têm mais saúde -inclusive a saúde financeira.
Se você tem tempo para planejar seu futuro, leve isso em consideração. Não seja modesto com a poupança que faz. Seja otimista com a vida que você quer ter. Adote uma vida mais simples, que seja sustentável.

Se o prazo que você tem não permite mudar muita coisa em termos de formação de poupança, repense a aposentadoria. Não se imagine parado, simplesmente aproveitando o tempo.

Não conseguirá juntar o milhão de reais que gostaria para viver com uma boa renda? Lembre-se que, se tiver menos dinheiro, mas que permita montar um negócio bem planejado e em uma atividade que você gosta, poderá continuar trabalhando e, com isso, obter a mesma renda.

A única posição não recomendada é a acomodação. Se chegar à aposentadoria e perceber que não alcançou seus objetivos, você já não terá mais escolhas a fazer.
Aja enquanto pode.

GUSTAVO CERBASI é autor de “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos” (ed. Gente) e “Investimentos Inteligentes” (Thomas Nelson).
www.maisdinheiro.com.br
@gcerbasi

Desempenho das ações do Facebook faz fortuna de Zuckerberg cair quase 50%

Depois da estreia decepcionante na bolsa, fundador da companhia viu seu patrimônio encolher de US$ 17,5 bilhões para US$ 9,4 bilhões

Por Paula Barra |17h38 | 19-09-2012

SÃO PAULO – A estreia decepcionante do Facebook na bolsa dos Estados Unidos, Nasdaq, levou o CEO (Chief Executive Officer) da empresa, Mark Zuckerberg, a perder alguns milhões esse ano. Segundo lista anual dos 400 norte-americanos mais ricos feito pela revista “Forbes”, o patrimônio líquido do criador da maior rede social do mundo, com cerca de 1 bilhão de usuários ativos, encolheu quase a metade entre 2011 e 2012, indo de R$ 17,5 bilhões para US$ 9,4 bilhões.

Com esse tombo, Zuckerberg despencou do 14° para 36° lugar do ranking em apenas um ano. Apesar da expressiva perda, o patrimônio dos 400 norte-americanos mais ricos cresceu para US$ 1,7 trilhão, segundo a revista. O topo do ranking, contudo, permanece intacto e é ocupado pelos bilionários Bill Gates, fundador da Microsoft, e Warren Buffett, megainvestidor e presidente-executivo do conglomerado de seguros Berkshire Hathaway.

Gates lidera o ranking pelo 19° ano consecutivo, com US$ 66 bilhões, ou US$ 7 bilhões a mais do que no ano passado. Na sequência aparece Buffett, com US$ 46 bilhões. Ainda no top cinco dos EUA, Larry Ellison, presidente da fabricante de software Oracle, aparece no terceiro lugar, com US$ 41 bilhões, e os irmãos Koch, Charles e David, que comandam o conglomerado de energia e produtos químicos que levam seu nome, a Koch Industries, ficaram juntos na quarta posição, com US$ 31 bilhões.

A média do patrimônio líquido dos 400 norte-americanos mais ricos atingiu recorde em 2012, indo para US$ 4,2 bilhões, uma alta de 13% no último ano. O crescimento é de longe mais afestado do que o da economia dos Estados Unidos, que deve crescer a uma taxa de 2% em 2012, o que amplia ainda mais o abismo entre ricos e pobres no país.

Histório do Facebook na bolsa
Desde o IPO (Intial Public Offering), em maio, as ações da companhia já caíram quase 40%. Entretanto, uma melhora tem sido vista nas últimas sessões, quando os papéis começaram a se valorizar após um discurso do CEO, no qual falou sobre suas expectativas para o futuro da empresa. Esse desempenho também fez com que Bono Vox, vocalista do U2 e um dos primeiros investidores no Facebook, deixasse de ser um bilionário.

Um dos principais temores do mercado é sobre como a empresa vai continuar mostrando expansão e lucro, o que pode ter sido respondido na semana passada por Zuckerberg. Embora tenha afirmado que está desapontado com o IPO, o fundador da empresa mostrou que quer voltar a crescer e espera fazer isso por meio de tecnologias para plataformas móveis.

20120920-074948.jpg

4 erros mais comuns de quem começa a investir na bolsa

Segue post muito bom da Infomoney

Em sua palestra na Expo Money SP, Leandro Martins vai elencar os 10 erros mais cometidos por investidores iniciantes

Por Gabriella D’Andréa  |15h21 | 19-09-2012
SÃO PAULO – Nem sempre o investidor iniciante consegue ter sucesso de primeira em suas aplicações na Bolsa de Valores e, em muitos momentos, acaba ficando desanimado com os maus resultados que obteve. Pensando nisso, o analista da Walpires Corretora, Leandro Martins, elaborou uma lista com erros mais comuns cometidos pelos novatos do mercado de ações. Nesta quinta-feira (20) ele apresenta os 10 erros mais comuns na Expo Money de São Paulo, mas já adiantou 4 para os leitores do InfoMoney.
“Ao longo desses 12 anos de mercado, eu percebi que existem alguns erros muito recorrentes. Então, consegui mapear os principais que são de extrema importância para os iniciantes. E se você conhece esses erros, você tenta pelo menos evitá-los”, afirma.

1º – Olhar muito a internet
O acesso a internet se tornou muito mais simples nos últimos anos, e o número de informações cresce exponencialmente a cada dia, o que pode gerar uma confusão na mente de quem investe.
“O investidor acaba olhando de tudo e cria uma confusão na cabeça dele. Existem muitos blogs, sites, fóruns e o investidor acaba ficando perdido. Quando ele vê alguém indicando uma ação, já vai atrás dela. Mas esse é um erro que todo mundo comete, ainda mais hoje em dia com tantas informações disponíveis”, pontua Martins.

2º – Pressa nas operações
Ao checar essas informações disponíveis, o investidor acredita que já possui conhecimento suficiente para operar e parte para o mercado.
“E o que acontece é que a maioria acaba perdendo dinheiro e não volta mais para a Bolsa. Além disso, eles acabam espalhando a notícia e contaminam todo um grupo que deixa de investir com medo de passar pela mesma situação. Isso é muito ruim, pois várias pessoas deixam de investir”, explica Martins.
Por isso, a sugestão do especialista é entrar na bolsa com calma, cuidado e conhecimento. Dessa forma, você aprenderá com os próprios erros.

3º – Falta de humildade
A parcela daqueles que aplicam nos papéis e consegue obter êxito logo de primeira é relativamente pequena, mas quando isso acontece o investidor acredita já ter todo o conhecimento necessário.
“O pior para esses investidores pequenos é quando eles ganham no começo, pois acaba aparecendo a arrogância e a falta de humildade, e ele acha que sempre vai ganhar, porque já sabe de tudo. Ele já acha que é um gestor e assume riscos desnecessários”, alerta.

4 º – Falta de metodologia
Para investir no mercado acionário, a metodologia é uma das palavras-chave. Não basta ler análises e notícias e sair atirando para todos os lados.
“Ele (o investidor) teria que começar a confirmar essas recomendações que ele vê em sites, pois cada dia ele opera de um jeito e não há uma metodologia. Esse é um dos erros que a grande maioria comete”, coloca Martins.
Ainda de acordo com o especialista, a Bolsa possui um ótimo potencial de retorno, ainda mais com a Selic (taxa básica de juros) em baixa. No entanto, é preciso ter calma e procurar acumular maior conhecimento antes de mergulhar nas ações.

Difusão da cultura de ações
A cultura de investimentos em ações ainda não é muito difundida no Brasil. Como já foi mostrado várias vezes com base em pesquisas, o perfil do investidor brasileiro ainda é muito conservador. E a ideia da palestra de Leandro Martins é alertar esses investidores sobre os principais erros cometidos e de que maneira eles podem se proteger.
“O brasileiro precisa aprender a dar valor ao dinheiro que recebe, mesmo não sendo da área financeira. E meu conselho é que eles procurem eventos como o de amanhã. Em um mês, as pessoas trabalham em torno de 200 horas, mas não querem dedicar 2 horas por mês para conhecer esse mercado, e temos que mudar essa cultura”, critica Leandro.
Para finalizar, o especialista diz que quer mostrar aos presentes na palestra algumas questões simples, como a diferença entre investir em um fundo de ações e nos papéis diretamente. “Ao invés de comprar um fundo da Petrobras ou da Vale, você sabia que é possível comprar diretamente e não pagar taxa de administração? Você sabia que se uma ação sua estiver caindo é possível acionar uma ferramenta chamada Stop e ir para uma outra? O investidor precisa conhecer tudo isso”, conclui.

Mercado de Ações – First Steps

Neste post irei indicar os primeiros passos para quem quer investir em ações por conta própria (tomando as próprias decisões de investimento)

Com o desenvolvimento do HomeBroker (plataforma que permite à pessoa comprar e vender ações pela Internet), milhares de pessoas podem utilizar o Mercado de Ações para construção de patrimônio.

Todos os investidores devem se tornar clientes de uma corretora de valores que seja autorizada pela Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). Veja links: “como escolher sua corretora” … (a minha é a Uniletra).

O Mercado de Ações é fiscalizado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e pelo Banco Central do Brasil, por isso, há enorme segurança operacional e ninguém precisa ter medo ou receio de ter seu dinheiro ou suas ações “perdidas”.

Com o grande número de corretoras disponíveis, quem ganha são os investidores. Cada uma disponibiliza atrativos para ganhar escala e obter maior lucratividade. Assim, as corretoras disputam oferecendo custos mais baixos, vídeos muito bem elaborados sobre como operar comprando e vendendo ações, vídeos ensinando as principais ferramentas de análise, além de estudos realizados por profissionais qualificados que auxiliam na hora de escolher o que comprar, quando comprar e quando vender.

Como as taxas de juros do Brasil estão em níveis mais racionais, acabou a farra do retorno satisfatório com os instrumentos de Renda Fixa (Fundos, CDBs, Poupança, Previdência Privada). Para construir patrimônio, o investidor precisa encarar os mercados de Renda Variável.

Nesta hora, o brasileiro costuma evitar o investimento em Ações por temer o RISCO envolvido nestas operações. Mas os estudos mostram que, como instrumento de investimento para o longo prazo, este é um Mercado muito interessante e com níveis de risco adequados aos retornos esperados.

 

Recapitulando os primeiros passos:

1) Assistir aos vídeos do Youtube de corretoras e entidades ligadas ao Mercado de Ações (Expomoney, BMF Bovespa, Infomoney, Revista Exame, etc);

2) Escolher sua corretora de valores para começar a operar;

3) Continuar estudando para identificar qual ESTRATÉGIA de investimento mais se ajusta a você;

4) Não se iluda! Ninguém nunca ficou rico na bolsa comprando e vendendo e acompanhando o mercado freneticamente.

 

Como escolher sua Corretora de Valores:

Link 1: BOVESPA

Link 2: BUSSOLA DO INVESTIDOR

Link 3: REVISTA EXAME

Espero que vocês comentem para que eu escolha o conteúdo do próximo post!

Valeu!

Glossário para melhor compreender o Mercado de Opções

Meus amigos, eu estava (conforme órdi do Denny) desenvolvendo um glossário para orientar e alinhar os entendimentos sobre os posts que farei aqui das operações e estratégias no Mercado de Opções. Depois, acabei me deparando com um post muito bem escrito no Blog do Saro Jr que eu reproduzo aqui:

Antes de começar a descrever as estratégias de opções, acho importante termos um pequeno glossário com as expressões que vamos usar nos próximos artigos. Assim, todos vão entender o que significa determinado termo quando ele for usado. Não é possível falar de estratégias em opções sem conhecer pelo menos o básico do jargão. Portanto, para falarmos a mesma língua, por favor, guardem o significado de cada um dos conceitos. Todos são importantes. Não precisa decorar, afinal esta lista vai ficar para ser consultada quando precisar.

O glossário abaixo não esgota todas as possibilidades de significado. A idéia é apresentar o conceito importante dentro do contexto de opções na Bovespa. Alguns termos menos relevantes em nosso contexto também não estão abordados (exemplo: opções americanas e européias).

Conceitos básicos

Opção: é o mesmo que direito. É um ativo negociado em bolsa que oferece ao comprador (titular) a possibilidade de negociar (comprar ou vender, dependendo do tipo da opção) um outro ativo (ativo-objeto ou subjacente) por um preço predeterminado pela série num determinado prazo (vencimento) com o vendedor (lançador).

Prêmio: preço da opção. Valor que o titular paga ao lançador para ter o direito representado pela opção.

Titular: comprador da opção. Tem o direito de negociar o ativo-objeto ao preço de exercício (“strike”) no prazo de vencimento da série. Se preferir, pode vender a opção antes do vencimento. Não tem obrigação de exercer seu direito.

Lançador: vendedor da opção. Tem a obrigação de negociar o ativo-objeto ao preço de exercício (“strike”) dentro do prazo de vencimento da série, caso o titular exerça o direito. Se preferir, pode recomprar a opção antes do vencimento, desde que não tenha sido exercido.

Call, ou opção de compra: é um tipo de opção que dá ao titular o direito de compra do ativo-objeto, e a obrigação de venda (caso exercido) ao lançador. As opções negociadas na Bovespa são praticamente todas desse tipo.

Put, ou opção de venda: é um tipo de opção que dá ao titular o direito de venda do ativo-objeto, e a obrigação de compra (caso exercido) ao lançador. Praticamente não são negociadas na Bovespa.

Ativo-objeto ou subjacente: papel que é o alvo da operação de opções. Na Bovespa, os ativos que efetivamente têm liquidez no mercado de opções são PETR4 e VALE5.

Preço de exercício ou strike: valor que titular e lançador concordam em negociar o ativo-objeto no prazo da série, mediante o pagamento/recebimento do prêmio. É predefinido no código da opção. Existem diversas alternativas dentro da série das opções, atualmente variando de 2 em 2 reais. O prêmio varia de acordo com as condições de mercado. O preço de exercício não, exceto para ajuste de proventos.

Série de opções: conjunto de opções de mesmo ativo-objeto e vencimento. A série é formada por diversos preços de exercício diferentes. Cada preço de exercício dentro da série é representado por um código de negociação. Geralmente, a bolsa costuma usar o preço de exercício na numeração da série, para as opções de compra. Há exceções. Muito cuidado. Não tome como regra.

Vencimento ou data de exercício: é a data limite para que o titular da opção decida se vai exercer ou não o seu direito. No código de negociação na série, é representado por uma letra na quinta posição, que varia de A a L (janeiro a dezembro). Os vencimentos das opções na Bovespa costumam ser na terceira segunda-feira dos meses. Consulta: http://www.cblc.com.br/cblc/Mercados/Calendario.asp?tit=6.

Exercer/exercício: ordem dada pelo titular da opção à sua corretora para que use o direito de negociar a ação de sua série ao preço de exercício. Na Bovespa, como praticamente todas as opções são de compra (“call”), na prática corresponde a comprar o papel ao preço de exercício. O prêmio não é devolvido. O titular de uma opção de compra (“call”) só deve exercer caso seja um negócio interessante, ou seja, que o papel esteja cotado no mercado acima do preço de exercício. Afinal, se tem interesse em efetivamente comprar a ação, pode escolher o preço mais atrativo, seja exercendo seu direito ou adquirindo no mercado à vista.

Ser exercido: situação em que o lançador da opção é obrigado a negociar a ação ao preço de exercício da série. Na Bovespa, como praticamente todas as opções são de compra (“call”), na prática corresponde a entregar o papel ao preço de exercício.

Virar pó: quando uma opção não é exercída no prazo de validade, ela automaticamente deixa de ter valor. O titular perde o direito e o lançador não tem mais obrigação sobre a operação. O vínculo entre as partes é automaticamente desfeito. O titular perde o valor investido no prêmio, e o lançador ganha o mesmo valor. Não há retorno.

Conceitos menos básicos

Margem: depósito exigido pela bolsa para garantia de uma operação. É solicitada sempre que há um risco de liquidação financeira atribuido ao operador. A margem é devolvida assim que o risco cessa ou a operação é zerada.

Lançamento Coberto ou LC: também conhecido como VC, ou Venda Coberta. Trata-se de uma operação de lançamento (venda) de opções conjugada a uma posição de mesmo tamanho no ativo-objeto. A ação pode ter sido comprada conjuntamente com a venda das opções ou já estar previamente na carteira.

Lançamento Descoberto ou Venda Descoberta: lançamento de opções sem posição no ativo-objeto. É uma operação de altíssimo risco. A Bovespa exige depósito de margem. Nem todas as corretoras permitem esse tipo de operação, pois são co-responsáveis em honrar a liquidação financeira.

Trava: estratégia de operação que consiste na compra de uma opção e venda de outra. As opções devem ser do mesmo ativo-objeto e mesmo vencimento, variando apenas o strike. Quando se compra um strike menor e vende um maior, chamamos de trava de alta. O contrário é chamado de trava de baixa. A Bovespa exige depósito de margem apenas na trava de baixa.

Spread: diferença de preços entre ativos correlacionados. Esse termo pode ser usado em outros contextos; por exemplo, a diferença do preço de compra e de venda no livro de ofertas. O sentido a ser usado aqui, entretanto, refere-se à diferença entre prêmios de duas opções numa determinada estratégia ou a diferença entre a cotação do papel à vista e da opção.

ITM (In-The-Money): também chamadas de “dentro do dinheiro”. Opções cujo preço de exercício é inferior ao preço atual do ativo objeto. São as que têm os maiores prêmios. A probabilidade de serem exercidas é maior.

ATM (At-The-Money): também chamadas de “no dinheiro”. Opções cujo preço de exercício esteja bem próximo do preço atual do ativo objeto. Têm prêmios menores que as opções ITM, e geralmente apresentam grandes oscilações de cotação. Normalmente são as opções com maior Valor Extrínseco (VE).

OTM (Out-of-The-Money): também chamadas de “fora do dinheiro”. Opções cujo preço de exercício é superior ao preço atual do ativo objeto. São as que têm os menores prêmios. A probabilidade de serem exercidas é menor. Numa operação de LC, são as que apresentam a maior taxa (%) de resultado caso sejam exercidas. Para isso, dependem da alta do papel à vista.

Valor intrínseco ou VI: representa o valor, dentro do prêmio de uma opção ITM, que corresponde ao preço “embutido” da cotação do papel na cotação da opção. O cálculo é bem simples: cotação do papel à vista menos o strike da opção. Deve-se tomar cuidado no uso da abreviação VI, pois algumas vezes ela é usada para designar Volatilidade Implícita, que é um conceito totalmente diferente.

Valor extrínseco ou VE: é o valor dentro do prêmio que representa efetivamente os “juros”, ou “ágio” como alguns gostam de chamar. De uma forma simplificada, podemos dizer que é o valor do prêmio que está acima do valor intrínseco. Nas opções OTM, como o valor intrínseco é zero, todo o prêmio é valor extrínseco. O VE tende a zero à medida que se aproxima a data de exercício, pois ele representa o “valor no tempo” da opção.

Black&Scholes: é um conceito matemático inicialmente criado pelos pesquisadores que deram nome ao modelo. Trata-se de uma série de fórmulas e indicadores com o objetivo de chegar ao preço justo de uma opção. Os modelos sofreram vários aprimoramentos ao longo do tempo. Não dita os preços de mercado, apenas gera um valor teórico. Mais informações em: http://www.thinkfn.com/wikibolsa/Gregos (em português de Portugal).

Gregas: indicadores comumente utilizados para analisar o valor das opções, pertencendo ao conceito de Black&Scholes. Cada indicador é nomeado com uma letra grega. As mais importantes são Delta, Gamma e Theta. Vide link anterior e também uma calculadora muito boa em: http://epx.com.br/ctb/bscalc_pt.php.

Acho que pra começar está muito bom. Caso haja necessidade de algum termo diferente ao longo dos próximos artigos, coloco a definição pra complementar.

Bons negócios a todos.

Fonte: http://www.sarojr.com.br/2010/05/opcoes-vamos-falar-mesma-linguaopcoes.html